2.2.10

Em conversas com amigos ou às vezes no trabalho, vem à baila a música: o que andas a ouvir, olha estes que prometem, vou ao concerto tal, etc, etc.
Adoro música e não imagino os meus dias sem ela. Os meus avós, aí plos meus 6 anos, obrigaram-me a ter aulas de solfejo numa banda lá da terrinha, com o nome pomposo de Sociedade Recreativa e Musical. Primeiro estranhei, depois entranhei, tanto assim que só vim embora quando comecei a faculdade. Passado o Freitas Gazul, tentei a bateria, o trombone e o trompete, mas ditou o sexismo que instrumentos desses não eram para meninas e acabei por ficar com uma bela requinta (sim, requinta. Googlem).
Uns anos depois pedi um walkman à entidade parental e com ele chegaram uns extras maravilhosos: cassettes BASF cheias de Chico Buarque, Elis Regina, Maria Bethânia (ó Abelha Rainha faz de mim um instrumento de teu prazerrrrrrrr), Caetano Veloso, Edu Lobo, Jorge Ben Jor, Edu Lobo, Rita Lee. Os brasileiros entraram neste meu coração e de lá nunca mais saíram até hoje. Acontece que toda esta misturada, mais o rádio do avô sempre a tocar canções francesas na banca da cozinha, mudou mesmo a minha educação musical. É por isso, amigos e amores, que quando me vêm falar, arrepiados até aos dedinhos dos pés, de Cure e Smiths e Nirvana e Smashing Pumpkins, faço aquele ar de não me aquenta, nem arrefenta. Conheço, sim e sei que devo estar p'raqui a dizer um grande sacrilégio. Mas fazer o quê? De pequenino se torce o ouvido e o meu há muito que fugiu, de armas e bagagens, com os cariocas.

2 comentários:

R. disse...

A minha bagagem de música carioca também a devo à minha entidade parental.Esses todos e mais alguns.Mas Cure e Smiths também é muita bom ;)

Bluesy disse...

Essas são mais da tua onda e da Marie, que eu sei :)