15.5.18

E, ainda assim, não os vi

Ex-namorados:

Um preparou-me uma surpresa no restaurante "A Derrapagem".
E houve um outro que me levou para uma noite romântica no "Hotel Terminal".

Sweet Jesus. Os sinais estavam todos lá.

Hitting the big four-oh

Demitir-me e mudar de trabalho? Feito.
Começar a estudar para montar um segundo negócio? Feito.
Mudar de casa e de cidade? Feito.
Terminar uma relação importante*? Feito.
Conhecer-me melhor e tentar ser um pessoa mais agradável(zinha)? Working on it.

Auto-palmadinha nas costas. You go, girl.


*E não, não me lixem, nem todas são.

30.7.15

Acrescentem isto à história dos pés grandes-pila pequena


Têm um bom gosto incrível e apurado sentido estético? - Falta-lhes pragmatismo.
São cavalheiros, abrem a porta, oferecem o jantar? - A cama não é o lado forte.
Aparentam fragilidade, são sensíveis e emocionam-se com histórias sobre passarinhos feridos? - Namorada é sinónimo de psicoterapeuta. 
Andam na casa dos 50? - Fazem sons estranhos quando se estão a vir. Relinchos e falta de ar são os mais comuns. True story.

Apenas um destes factos é aquele que me motiva a voltar a escrever aqui

Os dias de Verão são demasiado longos e há tipos a correrem na Marginal em tronco nu.

24.2.13

(...) há pessoas que nos fazem rir, mesmo que não o queiram, conseguem-no sobretudo porque nos dão satisfação com a sua presença, e isso nos basta para soltar a gargalhada com muito pouco (...) Um com o outro pareciam ser dessas pessoas; e embora os visse casados, nunca neles surpreendi um gesto adocicado nem afectado, nem sequer estudado, como os de alguns casais que têm anos de convívio, e fazem gala em mostrar como permanecem apaixonados (...) Era antes como se quisessem tornar-se simpáticos e agradar um ao outro antes de um possível galanteio; ou como se tanto apreço e afecto tivessem um pelo outro desde antes do seu casamento (...) que em qualquer caso se teriam escolhido espontaneamente -  não por dever conjugal, nem por comodidade, nem por hábito, nem sequer por lealdade -  como companheiro ou acompanhante, amigo, interlocutor ou cúmplice, na certeza de que, acontecesse o que acontecesse ou surgisse, ou que houvesse para contar ou escutar, sempre seria menos interessante ou divertido com um terceiro. Sem ela no caso dele, sem ele no caso dela. Havia camaradagem, e sobretudo convicção.

Javier Marías, Os Enamoramentos, Alfaguara, pp.16-17
Engraçado estar aqui na cama a pensar criar um novo blog quando este está pelas ruas da amargura.
Ando entre o doente e o cansada, mas na maior parte das vezes cago um bocado no assunto. Empurro os dias com a barriga, acordo, tomo banho, trabalho que nem uma moura, tomo uns analgésicos pras costas, venho pra casa. Às vezes vou beber um copo sozinha num sítio decorado com âncoras e nós de marinheiro onde servem o gin em copos horrendos, noutras desligo os telefones e espero que ninguém se lembre que eu existo. Continuo a estar lá para os amigos, é um consolo e uma compensação como outros quaisquer, pelo facto de ter ficado preguiçosa para uma série de coisas: arrumar a casa, cozinhar, encher chouriços em conversas, falar ao telefone, aturar dramas familiares. Ou decidir que rumo quero dar à vidinha. Tenho as garrafas da passagem de ano ainda por deixar no vidrão, tenho uma prateleira de livros por arranjar há um ano e uma to-do list em branco. Tudo o que me apetece é ler, dormir e que falem comigo baixinho. E uns abraços, vá. Os do meu irmão costumam saber-me bem. A vida sentimental anda animadíssima, algures entre um tipo que queria viver comigo passados dois meses e outro que toca guitarra e que tem problemas com a ventax do apartamento ao lado. Dei por mim na cama a saber-lhe de todos os pormenores: não dormiu meses com o barulho e não conseguia dizer nada à vizinha porque a ouvia a chorar por causa do divórcio. Eram 5 da manhã e a essa hora as histórias dos outros parecem aquelas mandalas hipnóticas, caleidoscópios em turbilhão na nossa cabeça.
A última coisa que me animou foi a possibilidade de escrever uma BD com uns amigos.
Eu estou bem, obrigada.

28.11.12

Quando é que voltas ao burgo?


Dan, a malta que trata do som do Atlântico não percebe um boi de concertos. 
Dan, eu se pudesse metia-me mais tu num carro e fazíamos uma viagem pla Route 66 fora, tu ali ao meu ladinho a cantar a Ten Cent Pistol todo contente e assim.
Dan, fazes-me sentir uma miúda de 16 anos que gosta de bandas de garagem.

Dan, és o maior. (E o Patrick também não está mal, não senhor).

27.11.12

Pois, tá bem

EstimularSinergiasTrabalharEmRedeSerProactivoColaborarIrÀDobraUsufruirDaFlexibilidadeDeHorárioTerMaisIdeiasPuxarPelaCriatividadeUsarOEspíritoEmpreendedorInovarFazerMaisComMenosVestirACamisolaPensarForaDaCaixaInteragirAbraçarNovosProjectosDarFeedbackPositivoSerRápidoNasRespostas.

26.11.12

Uma coisa de cada vez

Passaram três anos. A mim pareceram-me trinta, na verdade. Seja como for, só ontem me apercebi de que atingi por fim aquele nível de conforto de estar bem comigo mesma, de apreciar muito a minha companhia e de não ter vergonha de o assumir perante os outros. É incrível a quantidade de macaquinhos no sótão e barreiras mentais que a gente cria, não é? 

É.

Não conseguia ir ao super fazer compras só para mim. Epá não dava. Achava que ia ser topada no momento em que pusesse as minhas poucas coisas no tapete e assim comprava a dobrar, como se tivesse uma família grande em casa, papas de bebé e tudo.
O senhor da peixaria perguntou-me Então é só uma douradinha? E eu respondi Sim, é porque é só para mim. E ri-me feita parva da naturalidade com que aquilo me saiu.

Agora falta-me aprender a dormir com uma almofada na cabeceira em vez de duas.

Dá um trabalho do caraças, ok?

Aqueles dias gloriosos na vida de uma mulher em que cabelo, depilação, mãos e pés estão em dia. As meninas que me lêem (plas minhas contas são três: a Lia, a Alexandra e a Early. Quatro com a Xuxi!) sabem do que falo.

16.11.12

Decisions, decisions

O drama de ontem à noite: estas

ou estas?

Querido leitor que me acompanha desde as 09h30 da matina (hora a que eu ainda estrebuchava no duche, com a boca a saber a papel, derivado das ginjinhas que ontem bebi): gosto muito de tê-lo por cá - vai um canapé ou assim? Uma mantinha?
A sério, eu não tenho assim tanta coisa para contar. Ainda por cima hoje estou com TPM e continuo, apesar do trifene, a ter vontade de atropelar pessoas com bulldozers. Sim, plural. E é uma merda, sabe? As hormonas ficam completamente wild, como aqueles toiros mecânicos: a gente monta-as e dali a uns segundos tamos a ser tossidas dali pra fora. A TPM não se controla, controla-nos. Imagine o leitor que a TPM é como levar um pontapé nos tintins, daqueles que arrepanham tudo lá por dentro até à alma. Agora pegue nessa sensação e multiplique-a por vários dias a fio, sem que nada possa fazer.

Tão agradável.

Agora vou ali comer. Ou dormir. Ou chorar. Se calhar rir. Talvez pedir colo e mimos. Apetece-me tudo ao mesmo tempo.

15.11.12

Planos para o fim-de-semana?


Pronto. Resolvido. É mesmo isto.

13.11.12

E o de hoje

Comprei um tubarão e meti-o num aquário portátil. De plástico. Ao brincar com o bicho, a barbatana começou a furar aquilo e ficou cravada na minha mão.
Acordei a achar que tinha de ir às urgências. (E a julgar pelos sonhos tenho mesmo. Mas às psiquiátricas).

O sonho de ontem

A pandilha de amigos do costume, num pomar verde e enorme, cheio de sauditas mortos, enrolados em lençóis brancos.
O objectivo: arrastar os gajos pro lado para podermos continuar a fugir.