8.3.10

Três e picos da manhã, saio do Bairro Alto e apanho um táxi para ver como estão as modas pelo Lux. Ao meu lado, a minha amiga S., vítima do gin tónico, explica-me de novo as razões pelas quais continua a ser comunista. No meio do trânsito engarrafado, espreito pela janela e aceno de volta a um rapaz que passa. O outro que vinha com ele a pé, pára, aproxima-se e diz-me Bem, mas que olhos... Deixa-me dar-te um beijo na boca. Virei a cara e dei uma gargalhada com a S. E foi só mesmo isso que tive tempo de fazer: numa de fracção de segundos, abriu a porta do táxi e beijou-me.
És mesmo parva. Podias tê-lo deixado fazer o queria. Qual é a piada de um beijo na cara? E era giro ainda por cima, indigna-se a S.
'Tou, Manel, epá tenho uma pa te contar que nunca me tinha acontecido. Então não é que 'tou a levar duas raparigas para o Lux e há um gajo que me abre a porta do táxi, para dar um beijo a uma delas? 'Tá tudo doido nesta terra, conta o taxista, meio passado com o episódio.

Eu? Ainda não consegui apagar este sorriso estúpido.

2 comentários:

vê disse...

blue as the ocean ;)

Bluesy disse...

just like yours ;)*