Quatro patas pretas e um par de botas lá ao fundo.
Anda, vá, já estou atrasada.
A coleira vermelha vira a cabeça e continua na direcção oposta.
Mas tu não me ouviste?
O andar pachorrento de quem não tem pressa dá a resposta.
Aqui! Junto! Aqui!
Passo mesmo ao lado dele, já perto da estação, e levo com o focinho nos pés: toda uma investigação de quem sou eu, por onde ando, gosto de bichos ou não. Entendidos que estamos, eu encolhida no cachecol, ele no horário contrariado, vejo que as botas continuam à espera.
Anda. Quantas vezes já te disse que para passearmos de manhã tens que te portar bem? És impossível, Freud. Freud, Freud, aqui!
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