A gaja pegava no arroz, nos sumos e nos legumes de forma furiosa e espetava com tudo dentro dos sacos. O gajo andava de roda dela Dá cá que eu ajudo, Passa-me isso que eu ponho antes aqui. E ela moita carrasco, nem tida nem achada: um polvo-supremo que se basta a si mesmo. No fim, puxou do cartão MB e pagou tudo, descabelada e com olheiras até ao umbigo. Empurrou o carrinho e ele seguiu atrás, de mãos nos bolsos.
Na caixa da frente foi-me devolvida a mulher que fui há poucos anos. E tive vergonha, muita vergonha.
2 comentários:
Hoje no supermercado testemunhei uma cena (imagem, alegoria...) parecida. Reparei nisso e anotei.
E agora, olha, aqui! :)
Assim tanto?
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