20.8.10

E do outro lado da linha

viria a tua voz, numa indicação clara de que o Universo continuava a conspirar. Não a meu favor, claro.
E seria bizarro.

Quer dizer, falar de dinheiro e contas bancárias com alguém que já foi nosso, que conhece o que temos de pior, com quem já dormimos noites más, com quem fodemos por amor, com quem partilhámos uma casa, olheiras, a banheira, cartas cheias de poemas e sonhos maiores seria, como te digo - mas não posso, bizarro. (Ou se calhar adulto?)

É por isso que continuas a mandar os teus sms educados. Cheios de intenções não menos educadas, polidas, monocórdicas. Podesporfavorpedirocancelamentodocartão. Mas não vale a pena, sabes? Quando já se fodeu por amor e se usaram palavras proibidas, não há muito obrigados suficientes que nos valham como máscara.